Penúltima postagem para o dia das mães, relembramos momentos muito importantes vivenciados em casa com hóspedes passarinhos.
Não temos passarinhos presos, apenas os que visitam e aparecem todo dia a qualquer hora.
Mas os dois momentos que lembramos estão ligados à "criação" dos passarinhos. Falamos de mãe passarinha, pois ela choca os ovos, mas o pai passarinho, também tem sua grande importância no acompanhamento pré-natal, nascimento, alimentação e brevê de vôo.
Quando meus filhos eram pequenos, morávamos numa casa próxima a um grande parque. E passarinhos era o que não faltavam por lá. E começa o primeiro acontecimento.
Um dia, meu filho (5 anos na época) vem avisar que tinham passarinhos que não paravam de entrar num vaso de samambaia. Uma renda portuguesa pendurada num tronco de salgueiro-chorão.
Ficamos na observação e vimos dois passarinhos levando palhinhas e gravetos lá para dentro e construindo o ninho. Era um casal.
Fomos aguardando os acontecimentos até que um dia conseguimos ver três ovinhos. Mais um pouco e eles saíram da casca. Então quando a mãe passarinha saia as crianças humanas e eu íamos ver e no que puxávamos, delicadamente, uma folha da samambaia os quatro passarinhos abriam o bico como os do origami esperando pela comida.
Isto mesmo, foi dito quatro passarinhos. Acontece que quando os ovinhos começaram a ser chocados havia um casal de chupim, sempre ali por perto numa árvore. A pássara chupim, grande, botou seu ovo lá e o casal se mandou!
Interessante foi que os filhotes do tico-tico foram embora, já firmes em seus vôos e auto-subsistência e o chupim filhote, bem maior que a mãe tico-tico continuava lá e ela o alimentando.
Depois de duas semanas não sei quem expulsou o chupim já adolescente. Acho que fui eu mesma, num gesto providencial de mexer na samambaia. Ainda mais que o natal estava chegando e queria colocar o ninho como manjedoura do Menino Jesus.
Mas tivemos o segundo acontecimento quando numa tarde ouvimos grande barulho de passarinhos. Quando fomos olhar no mesmo local da estória anterior, nossa pastora alemã estava com um passarinho na boca e para que ela não o engolisse os pais do passarinho fizeram o maior alarde barulho, realizando vôos rasantes muito próximos à cabeça da Bianca (a cadela). Deu tempo de tirarmos o filhotinho salvo, mas não tão são. Ele não tinha firmeza alguma e não poderia ir embora com os pais. Como tínhamos um terraço no andar de cima ao ar livre levamos o passarinho (com rabo bem comprido, mas desconheço a raça) para lá. Durante o dia ele ficava lá e os pais vinham alimentá-lo e à noite ele ia para o lavabo para que nenhum gato ou outro predador o pegasse. Ele, quando dentro de casa ficava em nosso ombro, não fugia. Até que um dia os pais o levaram embora voando. Ele já era capaz!
Estas passagens de passarinhos são visíveis também para quem mora, acreditem, em São Paulo e são ótimas para lembrar a função de pais e mães. Acompanharem os filhos e ensiná-los a voar sozinhos. Dar-lhes esta segurança e confiança.
Em nosso caso, de meu marido e meu, nossos quatro passarinhos já estão voando com suas asas, mas o ninho não ficou vazio. Graças a Deus eles sempre vêm por aqui.
Opa! Esqueci, mas há uma outra historia, um terceiro acontecimento. Mudamos da casa citada nos casos acima. Quando estávamos lá nosso pastor alemão Beto (já apareceu em foto neste blog) tinha ódio mortal de um sabiá. Ele vinha correndo de onde estivesse para impedir sua entrada no jardim. Era só de um determinado sabiá, pois os outros, lá mesmo, e os inúmeros que vêm nesta nova casa ele nem percebe a existência. Mas há uma triste explicação. O Beto costumava ficar deitado na espreita neste jardim que tinha um muro alto atrás de um portão fechado para a rua, mas estilo veneziana onde via os pés das pessoas e escutava as conversas. E o tal sabiá pousava numa primavera linda e grande que ficava bem em cima. Um dia, não tenho conhecimentos para dizer que foi de propósito, mas adivinhem o que o sabiá, fez na cabeça do Beto? E o Beto nunca esqueceu!
Sei lá o que me deu de fazer origamis e ficar escrevendo, ou melhor, conversando com vocês. Prometo melhorar e ficar quieta.
Aos esquemas!
Estes origamis realmente não são fáceis. Mas ilustrava o que pretendia para dia das mães. O esquema natural é para este passarinho abaixo, mas podem fazer com o tsuru-bate asas que faz o mesmo ou melhor efeito(colocado no começo da postagem.
A mãe passarinha é feita com papel de 15 cm de lado.
Os filhotes com 9,5 cm de lado.
PASSARINHA - Começa nesta folha abaixo e continua na seguinte. Indicada pelos papeis rosa e azul.
FILHOTE
Esquemas em amarelo.
NINHO
OBSERVAÇÃO
Os filhotes tambem podem ser feitos num esquema (fica prometido) de urubuzinhos que abrem e fecham o bico. Também são mais fáceis.
Mas claro que quem gosta de um desafio, tentará estes mesmos.
Muito lindo eu amei!
ResponderExcluirBom fim de semana!